Nossa Senhora de Guadalupe e o verdadeiro Natal




“Nossa Senhora de Guadalupe apareceu a 9 de dezembro de 1531 a São Juan Diego (1474-1548, canonizado em 2002 pelo Papa João Paulo II) no morro Tepeyac, onde se ergue
hoje a “Capilla del Cerrito”. A Virgem e Mãe de Deus falou na língua dele, o náhuatl. O nobre indígena tinha então 57 anos e já estava batizado. A terceira e última aparição se deu a 12 de dezembro do mesmo ano. Como prova da autenticidade da aparição, Nossa Senhora deixou milagrosamente impresso no manto (tilma) do vidente Sua imagem estampada.” (Artigo de Plinio Corrêa de Oliveira - Nossa Senhora de Guadalupe: onde floresce a virtude, se desenvolve a nobreza de sentimentos e a cortesia)


Nas vésperas do Natal apresento-vos a ainda não explicada cientificamente "imagem de Nossa Senhora de Guadalupe" que foi apresentada por um índio que disse ter colocado em seu "tilma" algumas rosas encontradas em pleno inverno, tocadas por uma "jovem grávida" que lhe pediu para leva-las ao bispo.
A questão é que esta imagem parece que "paira" sobre o tecido e não está no tal "tilma", uma espécie de "capa" ou "manto" que os índios usavam na sua vida quotidiana. 
Mas o que mais me impressionou nesta imagem de Nossa Senhora de Guadalupe é que ela é uma perfeita obra de arte, totalmente equilibrada conforme a proporção áurea, usando das próprias irregularidades do tecido para ser formada no tecido. Sim, porque aquele "tilma" é um pano rústico, com emendas e desnivelado que não estava feito para aguentar uma pintura, aliás a sua durabilidade é pouco mais de vinte anos... E o certo é que esta imagem já tem mais de quinhentos anos.
Mas o pormenor maior é que a imagem usa da pintura para comunicar aos índios, aos europeus da altura e ainda hoje continua a falar-nos, ultrapassando os limites da fé e da cultura.
Esta imagem fala e transpõe-se para um caminho que atualmente receia-se: o caminho da procura da verdade. Sim, sempre há uma verdade, e que não se trata de relativismo quando queremos amar ao Deus Verdadeiro.
Sim, isso de querer seguir o Deus verdadeiro pode ser realmente algo relativo para alguns, mas negar que existe um Deus verdadeiro que se faz presente no dia a dia, como assim ocorreu quando se fez uma criança em Belém, pelo Natal, isso sim é o verdadeiro desafio que se coloca.
Por isso, vou reservar esta semana para falar mais profundamente desta imagem, neste contexto do Natal em que se fala de tantas coisas que nada tem a haver com o Natal, o verdadeiro Natal de Jesus Cristo.
Eu acredito que isto de Natal sem Jesus possa ser uma opção para alguns, mas será impossível viver o Natal histórico, espiritual e religioso sem voltar-se à pessoa de Jesus Cristo.
Todas estas lendas que foram criadas ao longo dos últimos anos para retirar o brilho do Natal com Jesus, fazendo esta celebração ser mais um convívio humano como os outros, está infelizmente deixando um rastro negro e triste que se fixa na obsessão de comprar prendas, dependendo destas a felicidade, bem como a fartura no comer e no beber com todas as suas consequências dolosas pelos seus excessos.
E afinal, o Natal é apenas o Menino Jesus, Deus feito homem, no seio de uma família que não foi acolhido nas hospedarias confortáveis da época, deixando-se nascer na escuridão de um estábulo para dar a luz a todos os povos.
Por isso, este silêncio do nascimento de Jesus, sem as luzes artificiais do mundo moderno, é sinal de algo realmente transcendente ...
No próximo artigo desdobrarei os imensos significados da imagem de Guadalupe, pois uma verdadeira obra de arte é capaz de falar a todos sem ser necessária um tradutor especializado. 
Aqui me coloco como quem quis perceber esta imagem na óptica do povo índio daquele tempo para aprender que aqui não estava apenas uma simples imagem de Nossa Senhora, mas antes uma espécie  de "carta de amor" da nossa Mãe Santíssima, Mãe de Deus, que deseja falar-nos do único Deus que liberta, do único Deus que nos salvará de nós mesmos e das nossas vontades relativistas: Jesus Cristo.
Para quem ainda tem dúvidas sobre o verdadeiro Natal ser de Jesus Cristo, deixo um vídeo totalmente baseado em factos científicos. Mas aviso que este tipo de vídeo só interessa a quem realmente procura a verdade...
O Natal nunca foi uma festa pagã- Canal do Youtube "Desde Espña de Helga Maria Saboia Bezerra"


Para esta pintura, que inicialmente esbocei a lápis enquanto ouvia vários vídeos históricos acerca das aparições de Nossa Senhora de Guadalupe, usei a pintura com lápis de cor aguarelável. Aplicando água, comecei a aguarelar os tons, tornando-os mais brilhantes.
Aos poucos, fui retocando as cores, limitando-as nos seus limites, por causa da água. Nunca se deve pintar, ao mesmo tempo, áreas juntas, especialmente com cores muito distintas para não manchar os tons.
Depois apliquei o pastel seco para suavizar os tons. Mas toda esta imagem só consegui captar o seu verdadeiro significado ao ler vários artigos sobre esta aparição de Nossa  Senhora, aprofundando o seu significado histórico e religioso que se estende até os nossos dias.
(Texto de autoria de Rosária Grácio)